22 de agosto de 2012

Anonymous invade sites do Governo britânico em defesa de Assange

O famoso grupo de pirataria informática intitulado Anonymous declarou ontem ter sido responsável pelas irregularidades registadas ontem no site do Ministério da Justiça britânico. O alvo estava definido e o objectivo era claro: protestar contra o modo como a justiça britânica está a encarar o caso 'Julian Assange' .

No Twitter, o grupo organizado dizia que estava a levar a cabo uma acção de campanha intitulada 'Operação Libertar Assange' (#OpFreeAssange). Como parte da operação, os membros do Anonymous deixavam clara a intenção de deitar a baixo diversos sites do governo britânico, deixando o aviso: 'Governo do Reino Unido espera por nós'.

Durante o dia de hoje, o Ministério da Justiça dava conta de o seu site ter estado com «algumas falhas», mas sem registar qualquer perda de dados.

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, encontra-se refugiado na embaixada do Equador em Londres desde o passado dia 19 de Junho e ali permanece apesar de o governo equatoriano já lhe ter garantido asilo político no seu país. Acontece que, assim que Assange saia à rua para se dirigir ao aeroporto, as autoridades britânicas garantem que o prenderão de forma a poderem levar a bom porto a ordem judicial de extradição para a Suécia.

Na Suécia, espera-lhe um interrogatório no âmbito de alegados abusos sexuais a duas ex-voluntárias do WikiLeaks, que o activista de 41 anos terá cometido quando esteve em Estocolmo em 2010 para conceder uma palestra.

O australiano nega as acusações, afirmando que as relações sexuais foram consensuais e que as alegações apenas são movidas por interesses políticos. Uma vez extraditado para a Suécia no âmbito deste caso, Assange teme que o extraditem para os EUA como parte de uma conspiração orquestrada por Washington para ser julgado pela divulgação, através do WikiLeaks, de segredos militares e diplomáticos de topo em 2010.

Na sua primeira aparição pública desde que se encontra refugiado na embaixada do Equador, o activista apelou mesmo aos EUA para porem fim à «caça às bruxas» contra aqueles (como a equipa do WikiLeaks) que procuram denunciar os erros dos detentores do poder.

Já os EUA classificaram as palavras de Assange como «afirmações selvagens» que apenas pretendem desviar as atenções das alegações de abuso sexual que o activista deverá enfrentar na Suécia.

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